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Quando menos se espera, já aconteceu e você nem viu
Texto: Amanda Wendland e Isabela Guevara.
Revisão: Felipe Gonçalves.

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HIV/

AIDS

A doença oculta

       Segundo o médico Thiago Scudeler, vários laboratórios ao redor do mundo têm pesquisas em andamento para desenvolver uma medicação que cure ou previna a contaminação pelo HIV. “No último ano, vários grupos de pesquisadores comprovaram que é possível expulsar o HIV de seus ‘esconderijos’ e jogá-lo de volta na corrente sanguínea – de onde ele poderia ser eliminado facilmente, possibilitando a cura. Recentemente, pesquisadores dos EUA conseguiram remover o genoma do HIV das células imunológicas de um paciente com o vírus da AIDS. Portanto, acredito sim que estamos próximos da cura da AIDS”, disse o profissional que ainda completou dizendo que isso não permite que as pessoas tenham comportamentos arriscados. “É importante o uso de preservativos nas relações sexuais e o não compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, etc”, ressaltou.

Há cura?

       O portal do Departamento diz que “janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo”. Na maioria dos casos o período da janela é de 30 dias, mas a duração pode ser alterada dependendo da reação do organismo do indivíduo a infecção e do tipo de teste que foi feito (o método utilizado e a sensibilidade).

O que é janela imunológica?

       O diagnóstico do HIV é feito a partir de exames de sangue. Os testes laboratoriais são rápidos e apontam o resultado em até 30 minutos, com apenas uma gota de sangue extraída da ponta de um dedo. Os testes são realizados de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde), nas unidade da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (clique aqui para ver as localizações do CTA pelo Brasil).

 

 

 

 

     De acordo com as informações do Departamento, os exames podem ser feitos de maneira anônima se o paciente preferir. No CTA, além da coleta e dos teste, “há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente”.

       A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica. “Uma vez tendo-se deparado com um teste rápido para HIV positivo, é fundamental a confirmação do diagnóstico. O diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV é baseado na detecção de anticorpos anti-HIV na corrente sanguínea”, afirmou Scudeler.

Teste de Aids
A doença hoje

       Anos atrás, ser diagnosticado com aids era praticamente uma sentença de morte. Atualmente, é possível ser portador desse vírus e viver com uma alta qualidade de vida. Seguir todo o tratamento corretamente, tomando toda a medicação indicada, é fundamental para obter os resultados desejados. “Hoje com as medicações mais modernas o paciente portador do vírus HIV consegue ter uma vida praticamente normal”, declarou o médico  Thiago Scudeler.

       O Ministério da Saúde recomenda que testes sejam feitos sempre que alguém passar por uma situação de risco, para que o diagnóstico possa ser feito o mais rápido possível, além de sempre fazer o uso de preservativos.

       Medicamentos retrovirais são usados para quem já é diagnosticado com Aids. De acordo com Scudeler, “o tratamento é feito com medicamentos anti-retrovirais que são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imunológico, mas não curam a doença. Infelizmente, não há cura para ela até o momento”. Para os soropositivos que não apresentam sintomas e não tomam remédios, é aconselhável o acompanhamento médico regular para ter controle do desenvolvimento da doença. “Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente. Para isso, solicita os exames necessários e acompanha o tratamento. Tomar os remédios conforme as indicações do médico é fundamental para ter sucesso na intervenção”, diz o site do Departamento. O uso indevido e irregular dos medicamentos prescritos acelera o processo de resistência do vírus no organismo, portanto a interrupção ou a troca de medicação ou tratamento deve ser feita somente pelo médico responsável.

Tratamento

       Denominada “infecção aguda”, entre três e seis semanas, na primeira fase ocorre a incubação do vírus, ou seja, o tempo da exposição dele até o surgimento dos primeiros sintomas. O organismo demora entre 30 a 60 dias para produzir anticorpos que combatam o novo vírus que ali se instaurou. Os primeiros sintomas se parecem muito com uma gripe comum, como febre alta e mal-estar.

       A segunda fase é chamada de “assintomática”, já que os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada através da interação entre as células de defesa do corpo e as mutações. Isso tudo não enfraquece o portador a ponto de contrair novas doenças e, por conta desse silêncio, muitos profissionais da área afirmam que a maioria dos casos passam despercebidos.

“Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns”, afirma o site do Departamento. E então, vem a fase final, conhecida como “sintomática inicial”, que é caracterizada pela alta redução dos glóbulos brancos (biologicamente denominados linfócitos T CD4). Os sintomas mais comuns são febre, diarreia, suores noturnos e perda de peso significativa.

       Doenças oportunistas aparecem com a baixa imunidade e a partir disso o vírus atinge seu ponto mais alto, o desenvolvimento da Aids. Conforme o site do Departamento, “quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer”. Thiago Scudeler explicou que as principais doenças oportunistas associadas à Aids são: infecções recorrentes ocasionadas por fungos (na pele, boca e garganta); diarréia crônica; pneumonia, por fungos e bactérias; tuberculose disseminada; neurotoxoplasmose; neurocriptococose; citomegalovirose e pneumocistose.

Fases do HIV
Contaminação HIV

     De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus causador da doença está presente no sangue, no sêmen, na secreção vaginal e no leite materno e pode ser transmitido de diversas maneiras: sexo sem camisinha, durante a gestação, parto ou amamentação, compartilhamento de seringas ou agulhas, transfusão de sangue e instrumentos que furam ou cortam e não estão esterilizados.

Contaminação

       O HIV, em português Vírus da Imunodeficiência Humana, é um retrovírus que ataca o sistema imunológico das pessoas (sistema responsável por defender o organismo). Já a Aids é o estágio mais avançado desse vírus, transformando-se na doença que ataca as células de defesa do corpo, deixando o organismo vulnerável a contrair diversas outras doenças. “A Aids é uma síndrome em que o indivíduo desenvolve os sintomas da doença. Quando a pessoa tem apenas o vírus, não há o aparecimento dos sintomas. Quando tratado, o paciente soropositivo consegue viver normalmente sem manifestar a AIDS”, explicou Thiago Luis Scudeler, clínico geral do Hospital Israelita Albert Einstein.

       Muitos são os soropositivos que vivem sem apresentar nenhum sintoma e sem desenvolver a Aids. Porém os mesmos ainda são capazes de transmitir esse vírus a outros.

HIV e Aids não são a mesma coisa

       Em meados de 1978 surgiram os primeiros registros da doença, presentes inicialmente na África, Haiti e Estados Unidos, onde os casos de pneumonia e câncer chamaram a atenção dos profissionais da saúde. De acordo com o site do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, a “denominação oficial da estranha enfermidade que causou a falência imunológica do organismo aconteceu em 1982, enquanto que a descoberta do vírus propriamente dita deu-se em 1984”.

História da Aids

      Muitos são os assuntos que ainda se caracterizam como tabu dentro de nossa sociedade. Sexo, drogas, HIV, feminismo e religião são algumas das temáticas que, infelizmente, ainda possuem preconceitos e julgamentos na hora de serem abordadas. E isso não deveria acontecer nos dias de hoje, uma vez que quanto mais informações a população recebe, mais bem preparada ela está para enfrentar qualquer tipo de situação. Como tudo na vida, as coisas se iniciam com um fato histórico, seja ele importante ou não e, na reportagem multimídia a seguir, você encontrará dados muito importantes sobre o HIV e a aids.

       Os estudos mostram que o vírus foi transmitido para o ser humano por uma espécie de chimpanzé. A teoria é que isso foi compartilhado por meio do sangue do animal que saiu através de um arranhão e teve contato com um ser humano.

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